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NOTÍCIA

18 de outubro

Clima do sertão: conhecendo melhor o sertão nordestino

Aqui no blog sempre estamos falando sobre o sertão nordestino. Já falamos sobre suas frutas, sobre a seca e como você pode ajudá-lo.

Mas sabemos que poucas pessoas têm a oportunidade de conhecer esse lugar maravilhoso.

Por isso, queremos trazer um pouco mais de conhecimento sobre essa região. O tema escolhido dessa vez foi o clima do sertão.

 

O que é o sertão?

Antes de falarmos sobre seu clima, precisamos rever o que é o sertão nordestino.

O sertão é uma sub-região do nordeste do Brasil situado entre as sub-regiões Agreste e Meio Norte. Entre as mesorregiões do nordeste, é a maior, abrangendo a maioria das Unidades Federativas do nordeste.

O relevo sertanejo varia entre chapadas, serras e planaltos. A vegetação é distinta pela presença do bioma da caatinga. A caatinga tem como característica a vegetação rasteira, arbustos com bastante espinhos e árvores de baixa estatura com troncos tortuosos.

Entre a vegetação da região do sertão, podemos destacar as bromélias e os cactos, uma das poucas plantas que sobreviveram a falta de água da região.

Sendo assim, a fauna sertaneja também teve que se adaptar às condições de escassez hídrica. Hoje, os répteis e diversos insetos reinam por lá.

Não podemos falar do sertão sem falar do principal rio nordestino e um dos mais emblemáticos da história brasileira: o Rio São Francisco. Ele é a principal fonte de abastecimento de água por ser o único perene, ou seja, que não é temporário.

Os outros rios que compõe a sub-região são intermitentes, em outras palavras, temporário. Aqui podemos destacar o Aracaju, Açu, Jaguaribe e Apodi.

Grande parte da região também é marcada pela pouca profundidade do seu solo, sendo este cheio de pedra e em grande parte infértil. Contudo, há alguns lugares mais úmidos e com o solo mais fértil, como os brejos. Nessas regiões, além das plantações, os sertanejos as utilizam para criação de gado.

 

Qual o clima predominante no sertão?

O clima dominante no sertão é o clima semiárido, com temperaturas altas durante todo o ano e com chuvas irregulares.

Podemos dividir o clima tropical semiárido em duas estações: o inverno chuvoso que vai de dezembro até julho e o verão quente com início em julho e término em novembro.

A região passa por longos períodos sem chuva. Um dos mais severos períodos de seca, conhecido como B-R-O BRÓ, corresponde aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro. Durante esse período, as temperaturas ultrapassam facilmente os 40°C, exacerbando a aridez do solo e a dificuldade de sustento para a população local.

Saiba mais em: Você sabe o que é o B R O BRÓ?

 

A seca e o impacto no sertão

O ciclo das secas no sertão é um desafio natural e um fenômeno climático que afeta diretamente a vida das famílias sertanejas. As chuvas são incertas e, em alguns anos, praticamente inexistentes, dificultando a agricultura, que é a base econômica da região. Isso agrava a situação das famílias, muitas das quais dependem de pequenos cultivos de subsistência para sobreviver.

A seca prolongada também gera graves crises hídricas, tornando o acesso à água potável um desafio diário. As barragens secam, os rios intermitentes desaparecem, e a busca por fontes de água se torna uma prioridade, muitas vezes levando as famílias a recorrer a água de qualidade duvidosa, o que pode afetar a saúde da população.

Esse cenário se agrava com a falta de infraestrutura adequada para captar e armazenar as águas das raras chuvas, o que torna a sobrevivência ainda mais desafiadora.

 

A relação do sertão com o B-R-O BRÓ

O B-R-O BRÓ, como mencionamos, refere-se ao período crítico de seca no sertão, e é uma fase especialmente difícil para os sertanejos. A falta de chuva nessa época do ano é quase garantida, e as altas temperaturas criam um ambiente onde a seca persiste e se intensifica. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a precipitação média durante os meses de setembro a dezembro no sertão pode cair para menos de 50 mm, o que é insuficiente para sustentar a agricultura familiar e o abastecimento de água nas comunidades.

Para além do impacto ambiental, o B-R-O BRÓ também afeta a saúde e o bem-estar da população. A escassez de água leva a questões sanitárias, com doenças transmitidas pela água contaminada se tornando mais comuns.  De acordo com o Ministério da Saúde, em anos de seca intensa, os registros de doenças intestinais aumentam em até 30% nas regiões afetadas. O calor extremo pode causar problemas de saúde, como desidratação e complicações respiratórias, especialmente entre os mais vulneráveis, como crianças e idosos.

Essa falta de chuva é causada devido sua localização próxima à linha do Equador, visto que o Planalto de Borborema, que se encontra entre a zona da mata e o agreste, faz uma barreira entre a umidade do oceano e o sertão.

Por isso, o índice pluviométrico é baixíssimo, gerando problemas econômicos e sociais. Para saber mais sobre a seca, recomendamos a leitura deste artigo.

 

Ajude o sertão nordestino

Gostou de saber um pouco mais sobre o sertão? Como podemos observar, esta é uma região rica em detalhes, mas que, infelizmente, sofre, principalmente pela falta de chuva causada pela seca.

O sertão nos ensina sobre resiliência, adaptação e a força de uma comunidade que vive em meio à escassez. Compartilhar esse conhecimento é fundamental para que mais pessoas entendam a realidade dessa região e se conscientizem sobre os efeitos das mudanças climáticas e da falta de recursos hídricos.

Converse sobre isso, compartilhe este conteúdo, e ajude a ampliar a conscientização sobre os desafios que o sertão nordestino enfrenta. Quanto mais pessoas souberem, maior será o impacto na busca por soluções a longo prazo para essas comunidades.


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