Por uma cultura de não-violência e paz nasceu e luta o Instituto Livres Pular para o conteúdo

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NOTÍCIA

08 de fevereiro

Pela cultura da não-violência e paz nasceu e luta ainda hoje o Instituto LIVRES

Em alusão ao Dia Mundial da Não-Violência e Cultura de Paz, comemorado no último dia 31 de janeiro, o Instituto LIVRES acaba de divulgar dados de sua atuação para redução significativa de todas as formas de violência, auxiliando nos processos relacionados à identificação e denúncia contra casos de abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra a comunidade em especial contra crianças, mulheres e idosos.

 

Neste aspecto, a organização também promove o acesso universal à justiça fazendo a ponte entre Defensoria Pública e comunidades desassistidas, além do acompanhamento dos casos e processos das crianças na justiça.

 

Tais ações encontram-se alinhadas ao ODS 16 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, denominado Paz e Justiça.

 

Pense em uma realidade em que a infância é roubada e que violência e a violação acontecem dentro do próprio lar, por parte daqueles que deveriam cuidar e proteger. É nesse cenário que o idealizador e presidente do Conselho Diretivo do LIVRES, Juliano Son, iniciou o trabalho de buscar formas de combater essa situação e atuar na proteção e cuidado de crianças e adolescentes vítimas de situações de violação. “A responsabilidade de cuidar das crianças é de todos nós: pais, sociedade e Estado, ao oferecer condições para que efetivamente aconteça a devida proteção às crianças e adolescentes”, enfatiza Juliano.

 

Foi sob esse olhar que o LIVRES estruturou o Acolhimento Livre Ser, que iniciou suas atividades de atendimento integral institucional a crianças e adolescentes em 2006, e ainda hoje promove os serviços de alta complexidade. Ao longo dos anos, ficou claro, porém, que crianças e adolescentes pertencentes a grupos sociais mais vulneráveis em grande maioria que vivem as violações de forma mais intensa.

 

“Em 2012, fomos direcionados ao estado do Piauí, onde nos deparamos não apenas com um quadro alarmante de situações de violação contra os direitos da criança e do adolescente, mas quadros de extrema pobreza, abandono, esquecimento, falta de água, entre outras tantas mazelas que se apresentam como um ciclo de destruição da dignidade e cidadania”, conta Juliano Son.

 

Desafio no sertão

 

Inserido no chamado Polígono das Secas, uma área de 1.108.434,82 km², correspondentes a 1.348 municípios, o Piauí é um dos estados brasileiros que mais sofre com a falta de água ou sua baixa oferta por longos períodos. Para além de uma questão natural ou climática, a situação local é agravada por outras mazelas.

 

Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em março de 2020, o número de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil aumentou 85% em relação ao mesmo período em 2019.

 

Em 2018, pesquisa do Ibope mostrou que 71% dos entrevistados apontaram a saúde como principal problema, seguido das áreas de Educação (51%) e Segurança Pública (46%). De ordem social, o saneamento também é um grave problema: cerca de 26% das residências não possuem água encanada, 40% não dispõem de rede de esgoto e 50% não contam com coleta de lixo.

 

E os desafios não param por aí. Levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou as maiores dificuldades do Piauí.

 

–              Menor PIB (Produto Interno Bruto) do país;

–              Pior analfabetismo funcional do Brasil (33%);

–              Segundo maior analfabetismo do país (23,4%);

–              2º menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do ranking nacional;

–              Mortalidade infantil superior a 20%;

–              132 comunidades em situação gravíssima de seca sem qualquer acesso à água;

–              55% da população em extrema pobreza;

–              Cultura de altos números de violação e não-denúncia.

 

A fome, a seca e a pobreza social, econômica, física e espiritual saltaram aos olhos. A falta de água para beber dos ‘invisíveis sociais’ – pessoas que não existem no sistema, não têm documento, não têm nome, não sabem ler ou escrever e não têm o que comer, não pode ser ignorada. “Uma realidade que nosso cérebro não processa. Parece inacreditável, mas não é. É real”, afirma o presidente do conselho e fundador.

 

Um mundo esquecido no meio do nada, na seca extrema, onde o acesso é muito complexo e demorado. Se os olhos não vissem, talvez não fosse possível acreditar. “Do conhecimento e constatação dessa realidade do sertão, ao movimento de se engajar por essa causa de um próximo que não está perto, nem nos é conhecido, iniciamos os projetos no sertão”, explica Juliano Son.

 

Buscando ser uma organização referência em projetos de melhorias sustentáveis no sertão, O LIVRES se move pelo bem do próximo, desenvolvendo soluções inovadoras, econômicas, ecológicas e socialmente retroalimentadas pelos seus resultados.

 

 

Veja o quadro de dados pela atuação no Piauí:

 

162 COMUNIDADES ALCANÇADAS

+ DE 180 MIL PESSOAS BENEFICIADAS

+ DE 11 MIL CRIANÇAS ATENDIDAS

+ DE 54 MILHÕES DE LITROS DE ÁGUA POTÁVEL DISTRIBUÍDAS

18 SOLUÇÕES DE ACESSO À ÁGUA POTÁVEL IMPLEMENTADAS

15 EDIÇÕES DO IMPACTO SERTÃO LIVRE

2 UNIDADES FÍSICAS DE ACOLHIMENTO INTEGRAL

+ DE 5 MIL VOLUNTÁRIOS ENGAJADOS

16 ANOS DE ATUAÇÃO

 

 

“Com o coronavírus, as ações do LIVRES, que envolviam grandes aglomerações em locais sem estrutura de saúde, precisaram ser paralisadas. Não poderíamos colocar em risco, nem os voluntários, e muito menos essas comunidades sertanejas que vivem no polígono das secas em condições muito desafiadoras”, explica o CEO, Clever Murilo Pires.

 

Hoje, em um cenário ainda maior de desigualdades no Brasil, tem sido muito importante grandes empresas e companhias assumirem compromissos explícitos de solidariedade, responsabilidade para com o próximo e respeito aos direitos dos povos tradicionais (mais afetados com a crise).

 

De acordo com o CEO, para o enfrentamento da situação e promoção da assistência às famílias, inicialmente, o LIVRES enxugou as equipes, reduziu custos e focou em estabelecer parcerias que permitissem manter as atividades, ampliar o número de beneficiados e garantir uma gestão transparente frente à sociedade.

 

“Nossa atuação é focada no atendimento de famílias e comunidades que sofrem com a escassez de água, a extrema pobreza e altos índices de vulnerabilidade social no sertão. Além da sede e da fome, questões relacionadas ao caráter higienista – tão priorizado no combate ao coronavírus – também têm sido um grande desafio para essas pessoas. Com certeza, o trabalho das nossas equipes está salvando vidas”.

 

A articulação de parcerias voltadas para governança, seriedade e transparência foi fundamental para o alcance de metas, como instalar novos sistemas de tratamento de água, manter equipes de trabalho no sertão visitando as famílias e assistindo-as em suas necessidades, não apenas físicas, mas também emocionais e espirituais.


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