NOTÍCIA
14 de outubro
Câncer de mama, o alvo do ‘Outubro Rosa’
Juntos na luta e conscientização para combate ao câncer de mama somos mais fortes e podemos alcançar cada vez mais vidas para serem informadas.
O movimento da conscientização do ‘Outubro Rosa’ começou na década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, instituição sem fins lucrativos que visa salvar vidas por meio da conscientização e pesquisa.
Em nosso país, o mês de combate à essa doença foi até mesmo instituído pela Lei n°13.733/2018.
O que é:
O câncer de mama é uma doença caracterizada pelo crescimento exacerbado e desordenado de células que, por diversos motivos, tiveram a alteração em sua estrutura de DNA. Esse crescimento acelerado gera um tumor. Quando o tumor é considerado maligno, ele é chamado de câncer.
Diferente de células sadias, que dão origem a novas células saudáveis e morrem, completando seu ciclo de vida, as células cancerígenas não desaparecem e sequer dão lugar para outras saudáveis se desenvolverem. Por isso acabam crescendo e se espalhando para outras partes do tecido e do organismo.
No câncer de mama, esse processo acontece na região mamária.
Esse tipo de câncer é um dos mais frequentes tipos de câncer que ocorrem no Brasil e afeta predominantemente as mulheres, estima-se 99% dos casos contabilizados, contudo, também pode afetar os homens, cerca de 1% dos casos contabilizados.
O crescimento de células cancerígenas pode acontecer em diversas estruturas que compõem as mamas, como os lóbulos (estruturas produtoras de leite), os ductos (pequenos canais que ligam os lóbulos ao mamilo), na gordura, no tecido conjuntivo (tecido que liga, nutre, protege e sustenta outros tecidos), nos vasos sanguíneos ou nos vasos linfáticos.
Diagnóstico:
Quanto mais cedo diagnosticado, maiores as chances de sucesso com tratamentos, por isso o cerne das campanhas do ‘Outubro Rosa’ é o compartilhamento de informações úteis para a percepção da doença em fase inicial. Por isso, assim como fizemos no mês de setembro na luta contra o suicídio, também faremos em outubro nos juntando à luta contra o câncer de mama.
O Ministério da Saúde salienta alguns possíveis sinais e sintomas do câncer de mama que podem ser percebidos com o conhecimento e observação do seu próprio corpo:
- alterações no tamanho ou forma da mama;
- nódulo único e endurecido;
- vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama, mesmo sem a presença de nódulo;
- nódulo ou caroço na mama, que está sempre presente e não diminui de tamanho;
- sensação de massa ou nódulo em uma das mamas;
- sensação de nódulo aumentado na axila;
- espessamento ou retração da pele ou do mamilo;
- secreção sanguinolenta ou aquosa nos mamilos;
- assimetria entre as duas mamas;
- presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama;
- endurecimento da pele da mama, semelhante a casca de laranja;
- coceira frequente na mama ou no mamilo;
- formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo;
- inversão do mamilo;
- inchaço do braço;
- dor na mama ou no mamilo.
Como perceber esses sintomas:
Fazer exames de precaução, rastreamento e manter hábitos de autoanálise são as formas mais eficazes de perceber qualquer uma dessas mudanças citadas acima.
Por meio dos exames de rastreamento, os profissionais qualificados serão capazes de diagnosticar a doença antes mesmo dos sintomas começarem a aparecer, ou seja, quando a doença ainda é assintomática.
Quando a mamografia é feita de forma rotineira e prescrita pelos médicos, as chances de sucesso com tratamentos menos agressivos e da cura são maiores, apontam estudos.
O autoexame também é muito eficaz na percepção da doença e pode ser feito da seguinte forma:
- De frente ao espelho, observe suas mamas. Compare-as e verifique se existe ondulações ou alterações;
- Em pé, leve uma das mãos até a cabeça, com a mão oposta do braço levantado, examine e toque sua mama;
- Faça movimentos circulares para cima e para baixo, de um lado para o outro;
- Verifique se há alguma secreção nos mamilos.
Se, durante o autoexame, perceber alguns dos sintomas indicados, procure profissionais especialistas que te auxiliarão no diagnóstico garantido.
Não se desespere. O Ministério da Saúde ainda lembra que o aparecimento dessas anormalidades pode ocorrer de forma isolada ou simultânea. É importante lembrar que esses sinais nem sempre indicam a presença de um câncer. Por isso a visita ao consultório médico, para ter o correto diagnóstico, é extremamente importante.
Como prevenir?
Estudos apontam que 90% das alterações genéticas que podem causar o câncer de mama ocorrem espontaneamente ao longo da vida, ou pela manutenção de hábitos que desenvolvam o risco de se ter a doença. Os demais 10% são provocados por fatores hereditários.
Dessa forma, a Sociedade Brasileira de Mastologia reuniu algumas dicas de hábitos saudáveis que podem ajudar na prevenção do desenvolvimento do câncer de mama:
- Alimente-se bem e não fique muito tempo sem comer, ou seja, prefira comer de três em três horas, em pequenas quantidades, sempre priorizando os alimentos naturais e evitando os alimentos industrializados;
- Evite o excesso de gorduras e carboidratos simples, como açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão, sempre preferindo as opções integrais;
- Procure ingerir proteínas de boa qualidade, principalmente frutas, legumes e verduras por serem fontes de vitaminas e minerais essenciais e ricas em fibras que ajudam na saciedade e no funcionamento adequado do intestino;
- Pratique exercícios físicos durante a semana. O ideal são 150 minutos de atividades físicas moderadas ou 75 minutos de atividades vigorosas divididas pelos dias da semana.
Você pode encontrar mais informações sobre o câncer de mama, os tipos de manifestações, tratamentos e diagnósticos no portal online da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA).
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