NOTÍCIA
15 de abril
Papel social das organizações e pessoas em tempos de crise
O PAPEL SOCIAL DAS ORGANIZAÇÕES E DAS PESSOAS NO CONTEXTO DE CRISE
Muito antes da chegada do Covid-19 nas comunidades, aglomerados e favelas do Brasil, chegou a fome, o desemprego, a desesperança, o descrédito na capacidade de resposta das políticas públicas, a perturbação, o medo de doença. Uma realidade extremante dura para uma parte expressiva da nossa população e que agora está mergulhada em um ambiente de incertezas, insegurança e vulnerabilidade.
Mas nada disso trouxe imobilismo. Muito pelo contrário. O que vimos no papo entre a professora de impacto positivo e negócios internacionais da Fundação Dom Cabral, Lívia Barakat, e o líder da UNIÃO no com:unidade – Iniciativas FDC para tempos desafiadores foi coragem, capacidade de organização, união, solidariedade e ação.
A desigualdade é um dos maiores desafios do Brasil. Estamos em 75º lugar entre 188 nações no ranking de IDH, temos 31 milhões de pessoas sem água encanada, 13,5 milhões em situação de extrema pobreza, 11 milhões residem em casas superlotadas com mais de 3 moradores por dormitório. E o coronavírus tende a agravar ainda mais essa realidade.
Segundo pesquisas do Opinion Box, 76% das pessoas interromperam os serviços (e os pagamentos) aos seus prestadores de serviços de beleza, 65% os de manutenção e 60% os de diaristas e faxineiras. Já o Data Favela, em relatório da Consultoria Mandala, revelou que 97% da população mais pobre teve alterações na rotina e 72% terá seu padrão de vida rebaixado. Outros 86% dizem que terão dificuldades para comprar comida depois de um mês de quarentena e crianças têm sofrido com a falta da escola, local principal da refeição do dia.
Protagonismo social
Como agentes da própria transformação, a equipe do Livres agiu rápido criando e implementando ações com foco na proteção social durante a crise. O sertão já sofre com condições extravagantes de vulnerabilidade social, imagina com essa pandemia..
Ainda que mantendo as recomendações da OMS, nossos agentes de missão social no sertão não podem deixar desamparadas as famílias assistidas por nossos projetos. Com um índice de 85% de analfabetismo, isoladas de qualquer conhecimento e entendimento que o seja, nem sabem que têm direito a diversos benefícios e medidas implementadas pelo governo… afinal, muitas delas nem registro de nascimento tem!
172 famílias foram cadastradas e estão sendo acompanhadas semanalmente pela equipe Livres. Itens de higiene básica foram distribuídos entre as famílias e parte das cestas básicas foram doados por um grupo de mulheres da região de São Paulo. Levamos uma técnica de enfermagem para afazer os atendimentos de saúde básicos, bem como água potável para poderem cozinhar e beber.
A participação em programas de rádio da região tem sido fundamental para a instrução e esclarecimento de mais famílias que vivem na zona rural de Paulistana, no Piauí, tanto a cerca do covid-19, quanto sobre as medidas econômicas e oportunidades de transformação de vida que o nosso projeto oferece.
Toda ajuda nesse momento de crise é imprescindível. Ainda que tenhamos nos adiantado aos impactos da crise, enquanto organização social, conhecemos o nosso chamado, mas os recursos que o viabilizam foram profundamente afetados… estamos pedindo ajuda de todos para que essa missão não pare!
Empresas e organizações podem (e devem) fazer mais
Em uma realidade muito diferente de quem tem oportunidade de fazer home office e ter acesso a itens básicos como álcool em gel, os relatos do Pastor Ivan são inspiradores e inquietantes. É nesse sentido que a professora da FDC, Lívia, destacou a importância que têm inciativas de filantropia por parte das empresas, dada a emergência do momento em que estamos vivendo, ao mesmo tempo em que os modelos de negócio precisam ser repensados.
Segundo ela, organizações e indivíduos precisam alinhar o propósito de seus negócios com as demandas da sociedade. As empresas devem entender que estamos vivendo em uma sociedade cada vez mais interligada e interdependente. Muito além de crescer suas atividades, as empresas precisarão prosperar e isso envolve uma atuação voltada para um modelo inclusivo e abrangente. Algumas iniciativas têm grande efeito, como por exemplo a união das 50 maiores companhias do Brasil que levantaram R$ 865 milhões para ajudar hospitais e profissionais médicos ou as que incentivam o consumo dos pequenos negócios.
Mais uma vez, fica claro que essa é uma crise que só sairemos juntos, unidos e que as novas conexões que estão surgindo, os aprendizados e o espírito de colaboração que se formou serão nossos maiores ativos para retomar um novo ciclo pós-Covid-19.
Se este é um tema que também que lhe provoca e desperta, acesse o canal no Youtube, inscreva-se e assista à integra desse papo. Lá você também encontrará outros conteúdos exclusivos que a FDC tem desenvolvido com o foco em empresas, organizações públicas e indivíduos.
Fonte: Blog FDC
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