NOTÍCIA
17 de abril
O que não muda quando tudo muda
O que não muda quando tudo muda??
Muito mais que as mudanças, o que assusta agora é a velocidade em que elas acontecem. E continuam acontecendo. Mesmo antes de sermos atingidos por todas as transformações, angústias e perplexidades que vieram com a Covid-19, já tínhamos a sensação de um mundo superacelerado. E esse mesmo mundo, de uma hora para outra, para.
As mudanças são parte da vida. Elas nos desafiam. Segundo Zeca de Mello – professor convidado da Fundação Dom Cabral nas áreas de liderança, ética e confiança – viver é durar e durar é mudar. Ele reforça que a vida é um estado de contínua mudança e que toda mudança é uma oportunidade para desaprender e reaprender.
Com certeza não seremos mais os mesmos, nem como indivíduos, nem como sociedade. Estamos atravessando um grande desafio e, depois desse, teremos muitos outros a vencer pela frente. Mas Zeca destaca uma coisa que não muda: a nossa capacidade de construir um sentido para o que estamos vivendo. Cada um guarda em si um sujeito narrativo para aprender e se transformar. Essa é nossa identidade.
A vida é sempre surpresa. Estamos cada vez mais distantes da nossa zona de conforto – quando temos muito controle sobre tudo ou sobre muito. Essa crise nos mostra que temos cada vez menos controle do que está em nosso entorno. Na gestão, estamos acostumados a estabelecer controles, parâmetros e métricas, mas a vida extrapola isso.
Zeca conta que a palavra crise tem origem no corpo humano. Para os gregos, era aquele momento crucial durante uma enfermidade, quando o paciente pode melhorar ou morrer, uma ruptura com o estado atual. Para o bem ou para o mal. Esse conceito se expandiu. “A crise, como professora, ajuda a criar novas disposições, momentos em que podemos mergulhar mais profundamente, reaprender, fazer a transição para algo novo, nos reinventar e nos reconfigurar. E assim será para o nosso bem”.
Autoconhecimento e autodesconhecimento
Situações turbulentas nos revelam recursos que ainda não conhecíamos, mas que estão dentro de nós e também em nosso entorno. Ainda que não estejamos todos no mesmo barco, estamos sob a mesma tempestade. Com essa analogia, o professor Zeca reforça o papel da empatia, da solidariedade e do “cuidar do outro”. É uma forma também de entendemos a nossa fragilidade e a fragilidade de quem está em nossa volta.
No Livres temos adotado medidas para nos reinventar e não deixar nosso legado de transformação e solidariedade para com os mais vulneráveis morrer. Estamos nos reinventando, sim, e também recorrendo às pessoas que acreditam e investem em novas oportunidades de serem agentes de mudança em nossa sociedade.
A natureza sempre se renova. E o que não se regenera, degenera. Ao mesmo tempo em que estamos experimentando nossas fragilidades, podemos experimentar a nossa força pela renovação. Assim como o medo – que paralisa e também impulsiona novas soluções – temos agora, em meio a essa enorme desaceleração global, uma chance de nutrir a atenção para o que realmente importa e exercitar a gratidão e a reflexão e a empatia, vendo o mundo a partir da perspectiva do outro.
Capacidade de superar
Para o professor, é importante resgatar as nossas próprias experiências de superação ao longo da vida. Momentos cruciais em que reunimos forças e vencemos, resgatar aqueles que nos ajudaram e, a partir daí, nos concentrar naquilo que é essencial e mais importante para nós. Essa reconexão é mais difícil quando estamos cercados dos infinitos estímulos que o mundo nos bombardeia e, por isso, aproveitar o tempo agora é essencial para o nosso próximo passo.
Para terminar, o professor compartilhou um pensamento de Santo Agostinho que dizia que a Esperança tem duas lindas filhas: a Indignação e a Coragem. Indignação para não aceitarmos as coisas como elas são ou estão e a Coragem para poder mudá-las.
Se você pode e tem coragem para mudar o cenário de dificuldade por que passamos para que milhares de famílias não fiquem desamparadas, nos ajude! Seja um doador do Livres.
Fonte: Blog FDC
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