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NOTÍCIA

29 de março

Educação emocional é estratégia para fortalecer os jovens

Potencializar a força dos jovens em vulnerabilidade, por meio do afeto e da educação emocional e profissional.  Este é o lema da educação emocional, que vem sendo apontada por especialistas da área como estratégia para fortalecer os jovens.

 

O Instituto LIVRES tem um longo histórico de atuação na área de proteção e educação, principalmente entre crianças e adolescentes com alto grau de vulnerabilidade social. “Um dos nossos programas que atua de forma concisa na área educacional é o Livre Ser”, conta o CEO do LIVRES, Clever Murilo Pires.

 

O Livre Ser atua no acolhimento integral de crianças e adolescentes em condições de alta vulnerabilidade e complexidade social, vítimas de situações de violação dos seus direitos. São realizadas ações psicopedagógicas de restauração e transformação que preparam a criança e adolescente para serem agentes de suas vidas e de um futuro melhor.

 

O fechamento prolongado das escolas durante 2020 e 2021 pode fazer com que crianças e jovens do mundo inteiro deixem de ganhar US$ 17 trilhões (o equivalente a cerca de R$ 94 trilhões) ao longo da vida, de acordo com o relatório “Estado da Crise Global de Educação: Um Caminho para a Recuperação”, publicado pelo Banco Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

 

O desafio é olhar para o cenário, queda de arrecadação e redução do interesse da sociedade em continuar mantendo programas e projetos que são a única esperança para cerca das 30 mil pessoas (entre adultos, jovens, adolescentes e crianças) que são impactadas diretamente por diversas ações praticadas pelo Instituto LIVRES, mais especificamente no sertão do Piauí.

O Projeto LIVRE SER Sertão, realizado na cidade de Paulistana e nas comunidades rurais e quilombolas do entorno, alcança hoje cerca de 2.000 crianças e adolescentes, bem como suas famílias, promovendo experiências de socioaprendizagem, na perspectiva do empoderamento, autonomia responsável, dignidade no exercício da cidadania e superação das vulnerabilidades.

 

“Por meio de técnicas cognitivo-comportamentais, cooperamos para formação da personalidade, o resgate e a reconstrução de sua história, facilitando a relação entre gerações, familiar e social”, explica Daniel Cezário, coordenador da metodologia e responsável pelas equipes do programa.

 

O LIVRE SER Acolhimento, que possui duas unidades para receber crianças e adolescentes vítimas de situações de violação, separados da família por decisão judicial, também segue a missão de manter ações que impactem na educação. “No local, os atendidos recebem moradia, alimentação, proteção, atividades de formação de vínculos sociais, e asseguramos os direitos à saúde e educação, além de acompanhamento sociofamiliar”, pontua Daniel Cezário.

 

Desde o início do programa, foram realizadas mais de 8 mil atividades lúdicas e pedagógicas às crianças e adolescente acolhidos.

 

O direito à Educação é prioridade garantida pela equipe LIVRES. “No início da pandemia, foi muito difícil explicar para as crianças a questão de não poder ou dever evitar o toque porque eles já foram tão negligenciados de tudo e suprimir mais isso… Contudo, nossa equipe, juntos, conseguimos encontrar formas criativas e pedagógicas de lidar com esse novo arcabouço e pudemos também nos dedicar a ensinar mais. Incrivelmente, algumas crianças evoluíram muito!”

 

“Ainda há muito a ser feito pela educação dos pequenos. Por isso, queremos te convidar a ser um agente transformador”, convida o CEO Clever Murilo Pires.

 

Clique aqui e faça sua doação.

 

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História de luta contra injustiça social

Tudo começou em 2005, quando o presidente, Juliano Son, foi sensibilizado pelo relato de uma missionária sobre o tráfico e exploração sexual de crianças no Nepal. Inconformado com a situação, decidiu tomar uma ação efetiva para ajudar no combate desse tipo de violação de crianças e adolescentes.

 

Por ter formação musical, Juliano começou a compor, reuniu a banda Livres e investia todo recurso que arrecadava com a música no apoio financeiro de projetos e ações que resgatavam crianças desse sistema de violência e injustiça.

 

A partir disso, ele foi se envolvendo cada vez mais com ações que promoviam a transformação de vidas em situação de vulnerabilidade e alto risco. Na sequência, convidou alguns amigos que compartilhavam da mesma preocupação e juntos, fundaram o Instituto Livres.

 

“Em 15 anos de atuação, nossos projetos e programas sociais já alcançaram mais de 180 mil pessoas. O nosso desejo é alcançar ainda mais pessoas, contudo precisamos de amigos e parceiros que nos estendam a mão e caminhem conosco”, destaca Son.

 

Segundo ele, a responsabilidade de cuidar das crianças é de todos nós: pais, sociedade e Estado, ao oferecer condições para que efetivamente aconteça a devida proteção às crianças e adolescentes.

 

Foi sob esse olhar que o LIVRES estruturou o Livre Ser, com atendimento integral a crianças e adolescentes em 2006, e ainda hoje promove os serviços de alta complexidade. Ao longo dos anos, ficou claro, porém, que crianças e adolescentes pertencentes a grupos sociais mais vulneráveis em grande maioria é que vivem as violações de forma mais intensa.

 

“Em 2012, fomos direcionados ao estado do Piauí, onde nos deparamos não apenas com um quadro alarmante de situações de violação contra os direitos da criança e do adolescente, mas quadros de extrema pobreza, abandono, esquecimento, falta de água, entre outras tantas mazelas que se apresentam como um ciclo de destruição da dignidade e cidadania”, explica Juliano Son.

 

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Desafio no sertão

Inserido no chamado Polígono das Secas, uma área de 1.108.434,82 km², correspondentes a 1.348 municípios, o Piauí é um dos estados brasileiros que mais sofre com a falta de água ou sua baixa oferta por longos períodos. Para além de uma questão natural ou climática, a situação local é agravada por outras mazelas.

 

Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em março de 2020, o número de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil aumentou 85% em relação ao mesmo período em 2019.

 

Em 2018, pesquisa do Ibope mostrou que 71% dos entrevistados apontaram a saúde como principal problema, seguido das áreas de Educação (51%) e Segurança Pública (46%). De ordem social, o saneamento também é um grave problema: cerca de 26% das residências não possuem água encanada, 40% não dispõem de rede de esgoto e 50% não contam com coleta de lixo.

 

E os desafios não param por aí. Levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou as maiores dificuldades do Piauí.

 

–              Menor PIB (Produto Interno Bruto) do país;

–              Pior analfabetismo funcional do Brasil (33%);

–              Segundo maior analfabetismo do país (23,4%);

–              2º menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do ranking nacional;

–              Mortalidade infantil superior a 20%;

–              132 comunidades em situação gravíssima de seca sem qualquer acesso à água;

–              55% da população em extrema pobreza;

–              Cultura de altos números de violação e não-denúncia.

 

A fome, a seca e a pobreza social, econômica, física e espiritual saltaram aos olhos. A falta de água para beber dos ‘invisíveis sociais’ – pessoas que não existem no sistema, não têm documento, não têm nome, não sabem ler ou escrever e não têm o que comer, não pode ser ignorada. “Uma realidade que nosso cérebro não processa. Parece inacreditável, mas não é. É real”, afirma o presidente do conselho e fundador.

 

Um mundo esquecido no meio do nada, na seca extrema, onde o acesso é muito complexo e demorado. Se os olhos não vissem, talvez não fosse possível acreditar. “Do conhecimento e constatação dessa realidade do sertão, ao movimento de se engajar por essa causa de um próximo que não está perto, nem nos é conhecido, iniciamos os projetos no sertão”, explica Juliano Son.

 

Buscando ser uma organização referência em projetos de melhorias sustentáveis no sertão, O LIVRES se move pelo bem do próximo, desenvolvendo soluções inovadoras, econômicas, ecológicas e socialmente retroalimentadas pelos seus resultados.

 

Veja o quadro de dados pela atuação no Piauí:

  • 162 COMUNIDADES ALCANÇADAS
  • + DE 180 MIL PESSOAS BENEFICIADAS
  • + DE 13 MIL CRIANÇAS ATENDIDAS
  • + DE 60 MILHÕES DE LITROS DE ÁGUA POTÁVEL DISTRIBUÍDAS
  • 18 SOLUÇÕES DE ACESSO À ÁGUA POTÁVEL IMPLEMENTADAS
  • 15 EDIÇÕES DO IMPACTO SERTÃO LIVRE
  • 2 UNIDADES FÍSICAS DE ACOLHIMENTO INTEGRAL
  • + DE 5 MIL VOLUNTÁRIOS ENGAJADOS
  • 16 ANOS DE ATUAÇÃO

 

“Com o coronavírus, as ações do LIVRES, que envolviam grandes aglomerações em locais sem estrutura de saúde, precisaram ser paralisadas. Não poderíamos colocar em risco, nem os voluntários, e muito menos essas comunidades sertanejas que vivem no polígono das secas em condições muito desafiadoras”, explica o CEO, Clever Murilo Pires.

 

Hoje, em um cenário ainda maior de desigualdades no Brasil, tem sido muito importante grandes empresas e companhias assumirem compromissos explícitos de solidariedade, responsabilidade para com o próximo e respeito aos direitos dos povos tradicionais (mais afetados com a crise).

 

De acordo com o CEO, para o enfrentamento da situação e promoção da assistência às famílias, inicialmente, o LIVRES enxugou as equipes, reduziu custos e focou em estabelecer parcerias que permitissem manter as atividades, ampliar o número de beneficiados e garantir uma gestão transparente frente à sociedade.

 

“Nossa atuação é focada no atendimento de famílias e comunidades que sofrem com a escassez de água, a extrema pobreza e altos índices de vulnerabilidade social no sertão. Além da sede e da fome, questões relacionadas ao caráter higienista – tão priorizado no combate ao coronavírus – também têm sido um grande desafio para essas pessoas. Com certeza, o trabalho das nossas equipes está salvando vidas”.

 

A articulação de parcerias voltadas para governança, seriedade e transparência foi fundamental para o alcance de metas, como instalar novos sistemas de tratamento de água, manter equipes de trabalho no sertão visitando as famílias e assistindo-as em suas necessidades, não apenas físicas, mas também emocionais e espirituais.

 


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