
NOTÍCIA

17 de abril
Dia Mundial da Conscientização do Autismo: inclusão começa com informação
Durante o mês de abril, o mundo se une em torno de uma causa urgente e necessária: a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Conhecido como Abril Azul, esse período é dedicado a ampliar o conhecimento sobre o autismo, combater estigmas e promover a inclusão de pessoas autistas em todos os espaços da sociedade.
A campanha teve início com a criação do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, instituído pela ONU em 2007 e celebrado anualmente em 2 de abril. A data marcou o começo de um movimento global que, ao longo dos anos, se transformou em um mês inteiro de mobilização por respeito, empatia e acessibilidade.
O que é o autismo?
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a forma como uma pessoa se comunica, interage socialmente e se comporta. Ele faz parte de um espectro, o que significa que cada pessoa autista pode ter características e necessidades muito diferentes umas das outras.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 100 crianças está no espectro autista. No Brasil, embora não haja dados oficiais atualizados, estima-se que existam mais de 2 milhões de pessoas com TEA.
Como identificar sinais?
O diagnóstico geralmente pode ser feito a partir dos dois anos de idade, e quanto mais cedo for identificado, mais eficaz será o acompanhamento. Alguns sinais comuns são:
– Dificuldade na comunicação verbal ou não verbal
– Interações sociais limitadas ou diferentes
– Comportamentos repetitivos e interesses restritos
– Sensibilidade sensorial (sons, cheiros, luzes)
– Preferência por rotinas rígidas
É importante lembrar que o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais como pediatras, neurologistas, psicólogos e fonoaudiólogos.
Tipos e níveis do Autismo
Atualmente, a classificação de “tipos de autismo” não é mais usada de forma oficial, mas ela ajuda a entender a diversidade dentro do espectro. Antigamente, o autismo era dividido em quatro categorias principais:
– Autismo clássico: com sintomas mais intensos e evidente necessidade de apoio.
– Síndrome de Asperger: sem comprometimento da linguagem, mas com dificuldades sociais e comportamentos repetitivos.
– Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (sem outra especificação): quando os sinais não se enquadram totalmente nas outras categorias.
– Transtorno desintegrativo da infância: em que a criança apresenta desenvolvimento típico nos primeiros anos e depois passa a perder habilidades.
Hoje, todos esses quadros foram unificados sob o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), e a forma de diferenciar os casos é através dos níveis de suporte:
Nível 1 – Requer apoio: a pessoa pode se comunicar, mas apresenta dificuldades sutis em interações sociais e alguma inflexibilidade comportamental.
Nível 2 – Requer apoio substancial: há limitações significativas na comunicação e nos comportamentos repetitivos, exigindo mais acompanhamento.
Nível 3 – Requer apoio muito substancial: dificuldade severa na comunicação verbal e não verbal, com comportamentos restritivos intensos e alto grau de dependência.
Compreender esses níveis é essencial para oferecer um suporte mais justo e adequado, respeitando as necessidades e potencialidades de cada pessoa.
A simbologia do azul e o quebra-cabeça
A cor azul foi escolhida por simbolizar tranquilidade e acolhimento — e porque, no início dos estudos, o diagnóstico era mais comum em meninos. Hoje sabemos que o autismo não tem gênero, mas a cor azul se manteve como um símbolo de conscientização e empatia.
O símbolo mais reconhecido do autismo é o quebra-cabeça colorido, que representa a complexidade e diversidade das pessoas no espectro. Cada peça tem sua cor e sua forma, assim como cada pessoa autista tem seu jeito único de ser.
Leia também: Crianças Neurodivergentes: Caminhos para a Inclusão
Inclusão é um direito, não um favor
Cada criança tem o direito de ser acolhida, compreendida e respeitada. O Transtorno do Espectro Autista faz parte da diversidade humana e não deve ser uma barreira para o aprendizado, a convivência e o desenvolvimento.
No Instituto Livres, acreditamos em um mundo onde todas as crianças tenham espaço para crescer e desenvolver seus talentos. Por isso, defendemos o direito à inclusão com respeito, acesso e dignidade.
Quando oferecemos apoio e criamos ambientes acolhedores, permitimos que cada criança seja quem realmente é — sem as limitações impostas pelo preconceito ou pela desinformação.
Neste Abril Azul, que essa mensagem ecoe e inspire mudanças reais. A conscientização é o primeiro passo para a transformação.
Vamos juntos?
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